sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Deixa embaraçosa


Deixe-me chorar o sofrimento do mundo.
Deixe-me beber uma bebida amarga da qual possa acrescentar a minha dor.
Deixe-me só, e que a solidão seja o meu senhor.
Deixe-me mundo dessa deixa embaraçosa.
Deixe-me por inteiro, por conseguinte... Por imediato!
Mas não me deixe em paz,
Só me deixe chorar um pouco mais.

Drummond


No mundo encontro pedras,
Pedras tão boas quanto às de Drummond.
Avisto cercas e uma placa... Stop!
Afinal de contas quem foi mesmo que parou?
Aproprio-me de uma rosa
De tal beleza descomedida,
Que empacou nos cárceres sujos e corruptos.
Noto o quanto é vasto esse mundo
Mas não ouso dizer:
Mais vasto é o meu coração!
E conto, quanto o conto cabe no meu bolso,
Cada conto mirabolante desse
Grande mas não berrante coração.
E José?
O agora já se perdeu e nem mais um trago
Pode trazer a sua marcha.
O mundo é mesmo vasto,
Por isso calo-me todas às vezes
Quando percebo que o amor é grande
E cabe no breve espaço
De beijar.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Prefiro os deuses!


Uma vez me disseram que as guerras eram acometidas por honra, território e pelas intrigas dos deuses. E que elas faziam parte do nosso sistema civilizatório... Guerra para a evolução humana!
Essa evolução seria necessária depois de várias batalhas e choques ideológicos, porém inevitavelmente ocorriam mortes, destruição – abismos!
Mas as guerras defendiam certo interesse, que não oscilou muito com o decorrer dos tempos. Esses interesses podiam ser familiares, regionais, nacionais, internacionais ou simplesmente econômicos.
Das guerras dos deuses até hoje sinto falta. Que pena!... Os tempos mudaram. Hoje as guerras têm um novo padrão, Tem um novo sistema... Destruir tudo em nome das grandes empresas corporativas e bancos.
Ah, tempo bom era os dos deuses!