quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dossiê: Traição


A MAIS VIRIL MULHER DESALMADA

Sejas tu a mais viril mulher desalmada,
Tu que entraste em minha casa,
Feriu descomedidamente meu instinto de amar...
Criou um demasiado abismo entre ser e estar.

És tu impiedosa Capitu de meus desejos...
Com cheiro de bálsamo banhastes meus anceios,
Da volúpia tiraste a libido e o prazer findável
De vertigem e sede viciaste meu sangue afável.

Sucombistes – D. Madame – minha razão.
Entoastes para toda parte tua miserável ação.
Não traistes só a mim que fui teu fiel amante,
Traístes a verdade e a poesia no mesmo enstante.

Realidade disvirtuosa, paradoxa e emanente,
Arraigou profundo determinismo inexoravelmente.
Sentido do passado de Abel e Cain,
Nos laços da traição – “quem tem pena de mim?"

CONFLUÊNCIAS DE DESEJO

No convexo da cama despertamos fazeres
De luxúrias, gozos... prazeres!
Incumbimos todo nosso desejo exacerbado
De fera, servo... escravo!
Na intimidade de nossos corpos,
Trocamos verbetes, códigos!
Na supremacia das vontades,
Exuberâncias, verdades!
No limiar do sentir entrelaçado de coxas
Arranhões, mordidas, marcas de ronchas.
Na desenvoltura estética do sexo
Nossos corpos fundidos de líneo ao convexo.
Unimos nossas almas pela traição
Culpados cônjuges da monótoma relação.
Do ódio conjugal extraímos virtude
Da inteira senssação alheia... a completude!

DOR E CORTE

A ferida aberta traga a dor do corte,
O inpulso medíucre se omite e sofri.
O coração suplica em melancólico sofrimento,
A dor brutal inrrompe – Tormento!
O real episódio caira como Édipo,
A amaldiçuada traição vinculada de ego.
O tempo homérico entoando a tragédia,
A mulher sofrível – És quimera!
A inesquecível imagem arbitrária vela,
A sensação [ainda] do corpo dela.
O sentido mutilado como filho tirado,
O caminho escrito – Jaz amputado!
O fulturo estimado sem mais pedaços,
O corpo presente padece os estragos.
A narvalha respingando sangue de verdade
A tatuagem na carne – Vaidade!
O horizonte dos dois esvairecendo,
A traça ao mesmo tempo corruendo.
A garganta sucumbida do palato venenozo,
O sepultamento encerra a libido – Gozo!

2 comentários:

Nilson Vellazquez disse...

Porra, massa, véi!

Fazia tempo que num escrevia né?

Abraço!

Grégori Augustus Reis disse...

É verdade Nilson, mais tempo ainda q não postava!!!

Mas, eis que vem uma nova era...
que seja fortuita!!!