quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Deus me dê fígado


Deus me dê fígado, pois ainda tenho o planeta inteiro pela frente. Um fígado mais suportável, um fígado mais pujante, um fígado que não cometa qualquer atrocidade... Um fígado do Olímpio, mas não o de Prometeu, pois já está muito comprometido pelo castigo dos deuses. E se falando em deuses... Gritei, ah, eu gritei o quanto pude e o quanto tinha de voz para pedir clamor por um fígado melhor.
Um fígado que encare de cara limpa os absurdos dos hospitais, que enfrente as inconseqüências dos vícios humanos, e que nos dê cabimento de extrapolar o quanto quiser. Um fígado perfeito [perfeito quando me refiro a um sem seqüelas hereditárias], um bom fígado, parecido com o sabor da nossa mesa.
Um fígado dessente que não peça pinico depois de várias noites de farras... Depois de uma ostra, ou até aratu. Um fígado super-homem, mas não o da liga da justiça. Eu só queria um fígado plausível que não sucumbisse por qualquer coisa... Por qualquer besteira.

Um comentário:

Túllio Melo disse...

Um bom fígado para sustentar na mente o mundo que nós criamos, as nossas regras e conceções, um bom fígado para continuarmos os brindes, mas de que me serve os fígado em todas essas catastrofes se não tenho amigo .... agradeço por não sofrer desse mal, tenho amigos e você é um deles !

Companheiro da vida, viva !! e nos passe as dicas pelo blog.

abraços