segunda-feira, 11 de maio de 2009

O drama circense

O palhaço então colocou a roupa, maquiou-se e repetiu várias vezes algumas citações. Disse a si mesmo que poderia, pois era fácil para ele arrancar gargalhadas do público. Foi caminhando em direção do palco e repentinamente parou...
– Para quê arrancar gargalhadas se nem ao menos arranco o meu próprio riso.
– Se busco incessantemente a graça e ela me escapa.
– Para quê se iludir ao ver os risos alheios se meu próprio riso é mudo.
O palhaço Pensou, e caminhou para o outro lado... para o outro lado contrário do palco. Numa imagem esdrúxula o palhaço sai do circo e andou pela rua, triste!
– Se não consigo ser feliz ou dar risadas, como vou fazer os outros felizes?
– Como vou arrancar delírios?... Palhaço estúpido!

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