terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Tempos paralelos


À vela sobre a mesa...
O tempo propício para grandes aventuras.
Imaginemos! Idealizemos!
Transfiguremos!...
Tudo que sonhamos, tudo que vivemos,
Tudo que resta-nos.

A pouca luminosidade daquela velha amiga,
Porém sempre presente nos meus épicos
(moinhos de ventos).

Traço a realidade um pouco tímida ainda,
No entanto os meus fazeres
Mostram ao mundo a minha astúcia
E perspicácia.

Mesmo aqui, com as minhas palavras
Devassas (reais),
No ponto exato que me refiro...
Sufoco-me às vezes e em todas as noites de velas.

Tendo uma figura quase desastrada
(sem forma ou com toda forma mal estruturada),
Um bigode saliente,
Uma barriga de causar inveja a qualquer fanfarrão...
Sinto-me no auge da minha compreensão.

[...] As noites aqui são muito difíceis!
[escrevo numa mesa de madeira empoeirada e desnivelada... Um pouco! E iluminada
Apenas por uma pequena vela...]

Estou sentado num banquinho totalmente robusto,
Porém professo:
“O homem começa a morrer na idade em que perde o entusiasmo”.


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