A minha vida se resume ao grande acontecimento de mil novecentos e noventa e sete, depois daquilo fiz tanta pergunta a mim mesmo que nem eu mesmo me conheço mais.
Eu tinha quarenta anos, vivia razoavelmente bem (refiro-me a tudo que estava acontecendo antes do dia cinco de abril de noventa e sete), depois daquele dia a minha vida não mais foi à mesma.
Adquiri uma doença – uma grande doença que quase me causou a morte.
Fiquei desempregado – era um grande ofício e eu tinha muito apreço por ele.
E por último, perdi o grande amor da minha vida – a minha mulher deixou-me.
Mal tinha eu agora condições de viver ou sobreviver, até porque viver não era mais a minha virtude... Perdi todo o entusiasmo da vida, perdi tudo, até mesmo a noção de estar vivo.
Chorava todas as noites, noites frias ou quentes... Não importava, não as sentia!
Lançava as pragas e maus pensamentos (mau agouro!) para a minha agora triste e sofrível vida. Meus sentimentos ficaram reduzidos a tristes desilusões, a vida, a felicidade, foram todas restringidas ao pó carregado do vento.
Vivia amargurado, solitário e quase sempre depressivo, contava sempre as horas e momentos que passara na minha infeliz vida, afim de que a morte fizesse-me o favor de acompanhar-me aos seus aposentos.
Não tinha mais paz... Só buscava guerra, ódio, dor.
Travava batalhas intermináveis com o nada, mas o nada – nada me fez, nem faria – portanto nada de novo.
Posicionava-me sempre com a visão para o grande céu... Porém não conseguia avistar-lhe. Pois a minha impetuosa vida, cuidadosamente levantou paredes e tetos para bloquear o meu olhar.
Dessa história que passei – hoje falo com muito louvor – entretanto, tudo que atravessei, restaram só algumas coisas: à vontade de poder passar e contar o quanto sofri, e mostrar que em todo sofrimento a uma aprendizagem.
Vencendo ou não o drama da existência, o que aprendi de fato foi à imensa indagação – foi quase um criticismo Kantiano.
Indagação essa que vos pergunto agora... Porquê? Porque tive que sofrer tanto para perguntar a vida.
Porquê?...
Eu tinha quarenta anos, vivia razoavelmente bem (refiro-me a tudo que estava acontecendo antes do dia cinco de abril de noventa e sete), depois daquele dia a minha vida não mais foi à mesma.
Adquiri uma doença – uma grande doença que quase me causou a morte.
Fiquei desempregado – era um grande ofício e eu tinha muito apreço por ele.
E por último, perdi o grande amor da minha vida – a minha mulher deixou-me.
Mal tinha eu agora condições de viver ou sobreviver, até porque viver não era mais a minha virtude... Perdi todo o entusiasmo da vida, perdi tudo, até mesmo a noção de estar vivo.
Chorava todas as noites, noites frias ou quentes... Não importava, não as sentia!
Lançava as pragas e maus pensamentos (mau agouro!) para a minha agora triste e sofrível vida. Meus sentimentos ficaram reduzidos a tristes desilusões, a vida, a felicidade, foram todas restringidas ao pó carregado do vento.
Vivia amargurado, solitário e quase sempre depressivo, contava sempre as horas e momentos que passara na minha infeliz vida, afim de que a morte fizesse-me o favor de acompanhar-me aos seus aposentos.
Não tinha mais paz... Só buscava guerra, ódio, dor.
Travava batalhas intermináveis com o nada, mas o nada – nada me fez, nem faria – portanto nada de novo.
Posicionava-me sempre com a visão para o grande céu... Porém não conseguia avistar-lhe. Pois a minha impetuosa vida, cuidadosamente levantou paredes e tetos para bloquear o meu olhar.
Dessa história que passei – hoje falo com muito louvor – entretanto, tudo que atravessei, restaram só algumas coisas: à vontade de poder passar e contar o quanto sofri, e mostrar que em todo sofrimento a uma aprendizagem.
Vencendo ou não o drama da existência, o que aprendi de fato foi à imensa indagação – foi quase um criticismo Kantiano.
Indagação essa que vos pergunto agora... Porquê? Porque tive que sofrer tanto para perguntar a vida.
Porquê?...
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