sábado, 6 de junho de 2009

O tino da batida


No timbre da batida
Sinto-me voar
Escuto um som
Um som esdrúxulo
Mas rítmico.

Perturba meu sono
Meus sonhos
E vibra como coisa viva.

Desatina, porém segue...
O tom me leva
Para meus versos.

Penso sempre...
Para som!... Para!
Ele não quer parar
Ele não atende.
Agi de forma arbitrária
De forma imposta.

Continua seguindo
Do jeito que chegou aqui...
Não sei como!

[...] Em instantes...
Penetro dentro
De sua musicalidade
E chego ao sublime do tom.

Mas... É apenas um som
Um som tosco
Desajustado
Incompleto
Que eterniza
Minhas palavras.

É apenas um som
Um tom
Uma única batida várias vezes
A qual estou a contemplar.

... Vai som
Não desperta o meu olhar.
Vais...
Pra qu’eu possa descansar.

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