quarta-feira, 17 de junho de 2009

Robson Sampaio

Eu sou Capibaribe!... Inflamou o poeta.
Eu sou Capibaribe, com toda sua água,
Com todo esplendor...
Com toda sua vida!

O poeta que trousse de volta a vida,
Com seu espírito, um rio belo e presente
Em nossas virtudes.

O poeta que saiu de lagoas...
Alagoas!
Que entrou com ímpeto em recifes...
Recife!
Que perambulou em seus becos,
Esquinas, avenidas.

Um poeta que reinventa!

O jornalista em seu princípio
Já mendigava por palavras líricas
Em seu discurso social...
Integridade moral.

Dos bares, das festas, dos desejos,
Tiram seus versos híbridos.
Nos whiskys, nos cigarros...
A fuga da inquietude humana.

Um poeta boêmio,
Que usa toda volúpia sem ter dó
E nem piedade do que faz.
Um poeta que já foi sujo,
Melado de tantas outras mazelas.

Um jornalista irremediavelmente poeta.
Um poeta sem medidas,
Sem clássicos, sem puritanismo...
Um poeta das ruas.

Um comentário:

Túllio Melo disse...

Muito bom, sinto falta disso, nada de puritanismo