segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Últimos deslumbramentos



Folhas exauridas enrugam completamente.
Tonalidade velha de algodoeiros,
queimam e transformam em cinzas despedaçadas ao sol.
Poeira recaída feito névoa no inverno.
Eternidade contra o efêmero caminho.
Cegaram-se as luzes das perspectivas felizes.
Peito branco e pálido, estarrecido!
Vida branquiada por necessidade do tempo.
Pedras avelhantadas negligenciadas em vida.
Alternativa anêmica e absurdamente destroçada.
[...]
Os diferenciados ventos no passar das temporadas.
A mata maltratada e derrubada, morta, fuzilada!
Os olhos confundem-se na imagem do real.
As três pernas se entrelaçam seqüencialmente.
A queda grandiosa subvertida no abismo.
A vida trancafiada entre madeiras.
O corpo engelhado e mórbido pelo decorrer das horas.
O cheiro fétido e a eterna areia nos ombros.

O preto infinito no ar da matéria.

As lagrimas escorrem por cima da superfície.

Os sons e pensamentos...

Pararam de brotar.


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